Tanto faz se a qualidade do jogo pode ser criticada. É uma final. E o Palmeiras conseguiu ganhar.
Todo o raciocínio além deste é irrelevante. Para ser campeão, o time fez grandes atuações. Conseguiu meter três no River Plate, em Buenos Aires, e diante dos mais fracos, goleou. Teve a melhor campanha.
Olhar apenas para a decisão é diminuir o feito. Ou comentário clubista de oponente.
Rony cruza, e Breno Lopes faz golaço de cabeça; assista
Vou além disso. Li as pessoas criticarem o nível do futebol no continente, pois realmente a decisão teve pouco futebol com a bola. Discordo desta crítica.
O que Santos e Palmeiras mostraram ao longo do torneio - ambos conseguiram atuações elogiáveis - serve como referência para avaliações.
Parabéns a Palmeiras e torcida pela conquista e temporada, que, agora, pode ser avaliada como épica!
Jogo tenso era previsível
Era previsível o início tenso na final da Libertadores. Os times faziam faltas após perderem a bola, pois o receio de tomarem gols precia. Tudo muito natural. O jogo único tornou a dinâmica atípica.
Para o andamento mudar, era necessário cansaço ou equívoco dos sistemas de marcação ou algum jogador em lance isolado, pois só o gol mexeria no andamento. Como se tratava da chance rara de ganhar o torneio, se tivesse acontecido mais cedo, alteraria radicalmente as ideias de quem o tomasse.
No segundo tempo, os técnicos avançaram os jogadores na marcação. Havia um pouco mais de espaços, mas o andamento continuou igual. Os torcedores assistiam a goleada da cautela diante da ambição.
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Cuca, o entrevero com Marcos Rocha e 'em uma final, só importa ganhar'
Cuca fez o primeiro movimento mais ousado. Pôs Lucas Braga na vaga de Sandry, que foi perfeito no papel de marcação. Em vez do trio para os desarmes com Alison e Diego Pituca, formou o de criação com Marinho e Soteldo. O time aumentou a frequência na frente, porém com cautela. Fez a transição com lançamentos pelo alto, o ideal seria trocar passes na transição, mas preferiu evitar a hipótese de perder a final no erro em saída de bola.
Abel Ferreira, que tinha mais opções, decidiu potencializar o contra-ataque. Zé Raphael saiu, e Patrick de Paula entrou, formando a dupla com Danilo para proteção dos zagueiros; Breno Lopes substituiu Gabriel Menino. O Palmeiras tinha o atleta contratado do Juventude e Roni pelos lados, além de Luiz Adriano, o centroavante, para as jogadas de velocidade.
O 0 a 0 estava desenhado, mas o assunto é futebol. A bola saiu na lateral, Marcos Rocha foi cobrar, e Cuca tentou atrasar a reposição. Houve troca de empurrões, o treinador recebeu o cartão vermelho e, no lance seguinte, Roni levantou a bola na área, Pará bobeou e Breno Lopes, de cabeça, entrou para a história ao garantir a glória eterna ao Palmeiras.
Se o que aconteceu tirou a concentração, foi o único momento que isso aconteceu de ambos os lados, é impossível afirmar, mas deve ser considerado. O jogo, por tudo que descrevi, foi ruim na parte técnica, entretanto, em uma final, só importa ganhar.
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