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Holandês que 'gostava de bater até nos treinos' reencontra Xavi e o Barcelona na Champions

Adversários pela rodada de estreia da Champions League, nesta terça-feira (19), os treinadores Mark Van Bommel, do Royal Antwerp-BELG, e Xavi Hernández, do Barcelona, foram colegas de time por um ano nos tempos de jogador e venceram duas taças importantes.

Durante a temporada 2005/2006, eles defenderam o Barça, que faturou a Liga dos Campeões e LALIGA. A equipe comandada por Frank Rijkaard tinha os astros Ronaldinho Gaúcho,Eto'o e um jovem Lionel Messidespontando.

“Tenho uma grande lembrança de Mark Van Bommel com companheiro e como rival também. Foi um jogador muito forte fisicamente e com muita chegada ao gol adversário. Tenho boas lembrança dele como pessoa no vestiário. Foi um bom companheiro e amigo", disse o atual treinador catalão em entrevista coletiva.

Com 26 anos à época, Xavi fez apenas 22 partidas naquela temporada porque sofreu uma lesão no final de novembro de 2005, que o deixou de fora dos gramados por cinco meses. Após voltar ao elenco, ele não retomou o posto de titular e ficou no banco de reservas durante a final da Liga dos Campeões contra o Arsenal, que terminou com vitória catalã - de virada - por 2 a 1.

O técnico passou a utilizar outros jogadores no meio de campo como Edmílson, Deco e Van Bommel, que era um dos homens de confiança do treinador. O holandês começou a decisão entre os titulares, sendo substituído pelo atacante sueco Larsson, aos 16 minutos da etapa final.

Conhecido pelo estilo de jogo viril, o holandês chegou ao Camp Nou, aos 28 anos, no meio de 2005 depois de defender por muito tempo o PSV e a seleção da Holanda.

"Rapaz, o Van Bommel gostava de bater até nos treinos (risos). O jogo deles sempre foi bem agressivo, sem dar espaço e com marcação alta. Nos treinos, eu tinha que me cuidar pra não tomar pancada, porque quando o Van Bommel pegava era feio (risos). A função dele era essa: marcar, roubar a bola e entregar para os meias", disse Edno, ex-jogador da equipe holandesa, ao Bacará Ao Vivo.com.br.

No Barcelona, o meia jogou 38 partidas e anotou quatro gols, mas nunca caiu nas graças da torcida. No meio de 2006, ele foi vendido para o Bayern de Munique por seis milhões de euros. No clube bávaro, ele venceu muitos títulos e chegou a ser o capitão antes de ter problemas com o técnico holandês Van Gaal e transferir-se para o Milan. Antes de pendurar as chuteiras, em 2013, ele ainda defendeu o PSV por uma temporada.

Um ano depois, ele começou a carreira fora das quatro linhas como auxiliar técnico. Passou pela seleção holandesa sub-17, Arábia Saudita e Austrália até virar o técnico principal do PSV, em 2018. Depois de duas temporadas, ele teve uma passagem de alguns meses pelo Wolfsburg antes de chegar ao Royal Atuerp, seu atual clube, na temporada passada. Desde então, ele venceu a Liga Belga, a Taça da Bélgica e Supercopa da Bélgica.

"Acredito que está fazendo um grande trabalho. Ganharam a liga na temporada passada e estão dando continuidade. É um rival muito forte fisicamente. Destacaria tanto os laterais quanto os pontas. Tem uma equipe muito boa, com um nível técnico importante e por isso foram campeão da última liga belga”, disse o atual treinador do Barça.

Cria da base do clube catalão, Xavi viveu o auge da carreira após a saída de Van Bommel e a chegada do técnico Pep Guardiola, em 2008, quando virou o maestro do meio de campo do Barça.

Um dos maiores ídolos da história do clube catalão, ele venceu pela seleção espanhola duas Eurocopas (2008 e 2010) e a Copa do Mundo de 2010, quando bateu a Holanda, que tinha Van Bommel como titular, na final por 1 a 0 na prorrogação.

Após vencer inúmeros títulos no Camp Nou, o meia transferiu-se em 2015 para o Al Sadd, do Qatar. Após quatro anos como jogador, ele pendurou as chuteiras e começou a carreira de treinador na própria equipe de Doha.

Na temporada 2021/22, Xavi assumiu o comando do Barcelona e na temporada passada faturou LALIGA.

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