A mensagem do Portland Trail Blazers a mesma a todas as equipes que procuraram a franquia para negociar por Damian Lillard:traga sua melhor proposta.
Gerente-geral da equipe do Oregon, Joe Cronin não dá sinais de que vai facilitar nas conversas com o Miami Heat para entregar obedientemente o maior jogador da história dos Blazers.
Portland pretende atender o pedido de Lillard para uma troca, mas os dirigentes estão dizendo às equipes que vão negociar Lillard apenas pelo maior retorno possível.
A franquia está buscando um “pacote estrelado”, que poderá conter boas escolhas para o draft e jovens de alto nível. Mas Joe Cronin está de olho mesmo nos movimentos de mercado de Miami.
Negociando a saída do maior jogador da história dos Blazers, o executivo tem sido apontado por seus pares como “desprovido de sentimento”.
Negócios para Lillard, negócios para Portland.
Enquanto Cronin explora o cenário mais amplo possível, o agente de Lillard, Aaron Goodwin, tem ligado a possíveis interessados e alertado sobre as negociações por seu cliente, disseram os executivos da equipe à Bacará Ao Vivo.
Goodwin está dizendo às organizações fora de Miami que negociar com Lillard é negociar com um jogador infeliz.
No que diz respeito à interferência, esta é uma manobra consagrada pelo tempo para reprimir ofertas e abrir caminho para um destino predeterminado.
Os executivos que conversaram com a Bacará Ao Vivo sugeriram que a pressão não afetará a maneira como procederão. O motivo? Eles teriam Lillard sob contrato por quatro anos e acreditam que seu padrão de atuação continuaria bom.
Em 2019, Damian Lillard negociou com o Portland Trail Blazers uma extensão ‘supermax’, e fechou um contrato de US$ 176 milhões (cerca de R$ 856 milhões) por quatro temporadas.
Isso está tornando mais difícil para os Blazers negociar o armador.
Em um mundo perfeito, Portland gostaria de atender aos desejos de astro de jogar pelo Miami. Em um mundo perfeito, Lillard não teria assinado essa extensão.
No final, negociar uma superestrela é um processo imperfeito para uma franquia de pequeno mercado. E Joe Cronin deixou claro que sua lealdade é com o futuro da franquia, não com o passado.
Por mais desagradável que o pacote em potencial do Miami Heat possa ser para os Blazers, eles podem superá-lo no mercado? E se não puderem, eles ousariam manter Lillard e esperar que as propostas melhores?
Miami pode oferecer no máximo duas escolhas de primeira rodada (2028e2030), cinco anos de trocas de primeira rodada, Nikola JoviceJaime Jaquez Jr., ambos jogadores em potencial para rotação.
Como acabou de assinar seu contrato de novato, Jaquez não pode ser negociado até 31 de julho.
Portland não quer o armador Tyler Herro e seus quatro anos de contrato, mas há times que disseram à Bacará Ao Vivo que entregariam uma boa escolha de primeira rodada aos Blazers (talvez até algo mais) para se tornar um facilitador em um acordo triplo que possa envolver Herro.
Após pedidos de negociação anteriores, como os de Kevin DurantouAnthony Davis, existem diferenças decorrentes da determinação de Lillard de conseguir uma transferência para Miami.
LakerseSunsreuniram escolhas altas em repetidas idas à loteria do draft e desenvolveram esses ativos de futuro em jogadores All-Stars.
Miami perdeu os playoffs três vezes nas últimas 15 temporadas, o que deixa mais difícil bater um pacote necessário para o tipo de negociação que os Blazers desejam.
Esse também é o problema dos Clippers, que têm interesse em uma negociação com Lillard, disseram fontes à Bacará Ao Vivo.
As escolhas de draft do Heat geralmente estão mais próximas do final da primeira rodada. A ideia de Portland é arrecadar boas escolhas com jovens de alto potencial como Brooklyn Nets (Mikal Bridges e Cam Johnson) e New Orleans Pelicans (Brandon Ingram e Lonzo Ball) conseguiram nas trocas de Kevin Durant e Anthony Davis.
Não apenas escolhas, mas um jogador como Lauri Markkanen, que o Utah Jazz adquiriu na troca de Donovan Mitchell para o Cleveland Cavaliers.
Cronin decidiu não abrir mão de um pacote que reflita a importância de um jogador que está entre os melhores da liga, ainda que Portland não consiga repetir o sucesso das negociações monstruosas de Davis e Durant.
Por causa disso, há motivos para esperar um processo minucioso que pode durar julho e agosto.
Para Cronin e os Blazers, a Summer League será uma chance de conversar cara a cara com executivos, separando aqueles que chegam com uma ligação superficial por Lillard daqueles legitimamente ansiosos para se envolver em uma negociação.
Equipes de mercado pequeno, como Utah Jazz, não podem adquirir jogadores como Lillard na free agency, mas munidos com escolhas de draft e jovens em desenvolvimento, eles podem se tornar parceiros decisivos no processo de troca.
O Jazz fez uma ligação para consultar cenários por Lillard, disseram as fontes, mas isso não é um desenvolvimento significativo. Uma oferta seria. Primeiro, o Jazz deve considerar se a idade de Lillard, com quase 33 anos, faz sentido para sua jovem equipe. Lillard provavelmente não se encaixa no Jazz. Mas ele se encaixará em algum lugar. Algum dia.
Talvez seja agora. Ou talvez o desespero do mau na temporada regular force algumas equipes a serem agressivas em busca de uma estrela disponível.
Aqueles com recursos limitados oferecem tudo com compreensão de que provavelmente não têm o que é necessário para torná-los um parceiro atrativo. Há equipes que apenas aguardam, esperando no entorno do processo. Foi assim que Toronto conquistou Kawhi Leonard, do San Antonio.
E é assim que Miami ainda pode acabar conquistando Damian Lillard.
“Fique por aqui, espere a incerteza do processo e espere que a confusão dos dias deteriore as ambições dos rivais”.
Sem uma troca, Portland sabe que poderá ter Lillard de volta para o início dos treinamentos, em setembro. Isso criará um ambiente tenso para todos, especialmente para o núcleo jovem e brilhante da organização.
O pior, no entanto, é fazer um mau negócio.
Os representantes de Lillard alertando equipes sobre um “pesadelo” nas relações podem fazê-las repensar. Alguns podem evitar negociações, enquanto outras podem limitar suas ofertas a Portland.
Ainda assim, alguns executivos ainda verão a oportunidade de adquirir um armador All-NBA.
Basta um para os Blazers terem um parceiro.
Todos estão motivados a seguir em frente, mas Cronin tem o dever de conseguir o máximo em um acordo com a Lillard.
Se ele não conseguir gerar algo melhor no mercado agora, será necessário um pouco de força para dizer não à oferta do Miami Heat, recusar-se a abrir mão de Damian Lillard e trazê-lo de volta para o início da temporada.
Este é o negócio da vida de Joe Cronin na NBA. Não tem que sair rapidamente, mas tem que dar certo.